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  • Foto do escritorSimone Barata

Panorama da retomada do turismo



O campo turístico possui diversos conceitos, entretanto segundo a menção de uma conferência em 1991 da Organização Mundial do Turismo esse setor pode ser definido como “o turismo compreende as atividades realizadas pelas pessoas durante suas viagens e estadias em lugares diferentes de seu entorno habitual, por um período de tempo consecutivo inferior a um ano, tendo em vista lazer, negócios ou outros motivos”. Essa operação turística integra a esfera terciária da economia; os continentes mais visitados anualmente são o europeu e o asiático e no Brasil o estado que recebe mais turistas é o Rio de Janeiro. Contudo, esse âmbito apresentou crescimento contínuo até 2019 e com a pandemia causada pela Covid-19 o setor foi um dos mais impactados.


O cenário atual permite considerar que viagens internas se tornaram o principal foco para a revitalização do turismo, isto significa que o aumento desse tipo de deslocamento gera oportunidades de recuperação gradual. A Organização das Nações Unidas aposta que o turismo doméstico irá amparar o impacto econômico causado pela covid-19, desta maneira os estudos e análises da Organização Mundial do Turismo mostram que os países estão incentivando os viajantes nativos, um exemplo é os Estados Unidos que possui o maior mercado nacional doméstico turístico do mundo com cerca de US$ 1 trilhão em gastos seguido pela Alemanha e pelo Japão.


As consequências socioeconômicas em decorrência da pandemia fizeram o Ministério do Turismo brasileiro tomar medidas para redução dos efeitos negativos, assim foi criado o programa Retomada do Turismo que está dividido em quatro eixos: preservação de empresas e empregos no setor de turismo; melhoria da estrutura e da qualificação de destinos; implantação de protocolos de biossegurança; promoção e incentivo às viagens, esse plano acredita que com as ações voltadas para prevenção validados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) juntamente com a dos próprios turistas constrói-se o caminho para garantir que a retomada aconteça sem colocar em risco o aumento de casos da doença.


O período pós-pandemia requer adaptação para suprir as novas necessidades dos turistas. O diretor-executivo da CVC Corp, Luciano Guimarães, fez uma análise desse momento: “Ao invés de as viagens serem fechadas por impulso, decididas de repente, tudo vai ser mais planejado. O viajante vai avaliar muito bem o destino, os protocolos de limpeza dos hotéis – mesmo porque todos nós estamos mais exigentes com limpeza –, como foram as experiências de outras pessoas. Em outras palavras, o agente de viagens vai se tornar ainda mais consultivo, já que vai ter que reunir muito mais informação do que antes”.

Ou seja, esse segmento provavelmente terá como principal foco a reinvenção e essas mudanças impactam ainda mais as decisões dos clientes, diante disso é importante adequar-se às novas exigências de uma viagem pós crise global.


O turismo possui um grande potencial em termos de maiores interesses da população. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas o principal desejo dos brasileiros para o pós-pandemia é viajar, e diante disso as agências apresentam estratégias para atrair turistas como descontos, programas de fidelidade, pacotes exclusivos, novas parcerias com hotéis, promoções e expansão de portfólio.


Considerando as ações de companhias de voos, um exemplo foi a iniciativa tomada pela Azul Linhas Aéreas que anunciou seus próximos planos para expansão da sua malha, o intuito é operar três destinos inéditos a partir do segundo semestre do ano, que são: São Gabriel da Cachoeira (AM), Ponta Porã (MS) e Correia Pinto (SC) destinos que podem apresentar através disso crescimento econômico e turístico.


Com o início da vacinação contra a covid-19 em diversos países o setor de turismo começou a pensar em sua reativação definitiva. Em um comunicado o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Zurab Pololikashvili, disse que “as vacinas devem integrar uma abordagem mais ampla e coordenada com certificados e passes para viagens internacionais seguras”. Ele acredita que com a vacinação o turismo seguro será possível.


O Brasil apresenta um processo longo de imunização, entretanto considera-se que eventualmente a vacinação deve viabilizar a abertura das fronteiras. A agilidade da retomada do turismo depende da vacinação em massa, nos Estados Unidos o setor já vive essa realidade, o aplicativo de reserva de viagens Hopper notou um crescimento considerável nas buscas por voos para o segundo semestre do ano, sendo assim o alinhamento da vacinação contribuiu para o progresso da economia e turismo.


No Brasil, o turismo é responsável por cerca de 8% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional e produz renda para cerca de 10 milhões de brasileiros, por conta disso os profissionais do setor esperam recuperação das atividades e o aumento de demanda nos próximos meses ressaltando o incentivo às viagens com os protocolos de biossegurança.


Saiu na Mídia: Panorama do Turismo

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